“The Life of Chuck” vence Festival de Toronto e desponta como forte candidato ao Oscar
Dirigido por Mike Flanagan, o filme é uma adaptação de um conto de Stephen King; O festival é um importante termômetro para as futuras indicações ao Oscar
O filme “The Life of Chuck”, adaptação do livro homônimo de Stephen King, foi o grande vencedor do Festival de Toronto (TIFF People’s Choice Award), conforme foi anunciado no último domingo (15). O longa foi dirigido pelo cineasta Mike Flanagan. Em segundo e terceiro lugar ficaram, respectivamente, os filmes “Emilia Perez” e “Anora“. Ambos também se destacaram em Cannes, sendo que o último conquistou o Grand Prix do festival de cinema francês.
O TIFF tem um histórico de prever sucessos de estatuetas do Oscar como em “Beleza Americana”, “Quem Quer Ser um Milionário?”, “Green Book” e “Nomadland”, além de ser um bom termômetro para a lista de indicados, como foi o caso de “Ficção Americana”, na premiação deste ano.
“The Life of Chuck” faz parte da coletânea If It Bleeds, de 2020. O filme explora a vida de Charles Krantz através de três atos distintos, apresentados de forma inversa. A narrativa aborda sua morte iminente e eventos sobrenaturais, enquanto o mundo parece estar à beira do colapso, até mesmo a internet já deixou de funcionar. O elenco é formado por Tom Hiddleston no papel principal, além de Chiwetel Ejiofor, Karen Gillan e Mark Hamill.
Entre os outros premiados, “The Tragically Hip: No Dress Rehearsal”, dirigido por Mike Downie, venceu o People’s Choice Documentary Award. Já o People’s Choice Midnight Madness Award foi concedido para “A Substância”, de Coralie Fargeat, que integra a seção dedicada a filmes de gêneros alternativos, como horror, ficção científica, ação e thrillers.
Mesmo antes de sua estreia, o filme foi avaliado com 90% no Rotten Tomatoes e tem recebido elogios da mídia internacional especializada. Siddhant Adlakha, o crítico de cinema da Variety, destacou: “The Life of Chuck é repleto de surpresas, desde mudanças radicais de tom entre o horror e a sentimentalidade nua, que funcionam com uma precisão surpreendente, até uma série de personagens coadjuvantes divertidos interpretados por atores frequentes dos filmes de Flanagan, além de uma rejeição geral ao cinismo, mesmo diante do desespero.”