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7 leituras indispensáveis para começar 2023

Da vencedora do Nobel, a francesa Annie Ernaux, à pernambucana ganhadora do Jabuti, Micheliny Verunschk, trazemos autores que fizeram história em 2022

Por Da redação
9 jan 2023, 12h31
Ilustração de pessoa segurando livro aberto.
 (Gustavo Nascimento/Laís Brevilheri/reprodução)
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Poderiam ser 10 livros? Sim, poderiam. Mas pela numerologia, o número sete representa a perfeição. E para fim e começo de ano não custa aderir a todos os tipos de superstições que existem. Afinal, queremos um ano melhor do que o que passou. Na lista abaixo, separamos sete títulos para todo tipo de humor com o qual você poderá começar 2023. Está um pouco pilhado? Talvez um romance caia bem. Está em busca de uma literatura menos espinhosa? Temos também. Está mais a fim de se atualizar em algum assunto novo? Temos autores acadêmicos com uma linguagem mais palatável. Então, bora lá.

Rainhas da Noite – as travestis que tinham São Paulo a seus pés, de Chico Felitti
Para quem já tem na memória aquela introdução “Olá, eu sou Chico Felitti”, possivelmente vai gostar dessa obra investigativa em que o jornalista escava a história de três travestis que dominaram as ruas do centro de São Paulo entre os anos de 1970 e 2010.

ainhas da Noite - as travestis que tinham São Paulo a seus pés, de Chico Felitti
(Companhia das Letras/divulgação)

Política é para todos, de Gabriela Priolli
Neste livro, Priolli explica como funciona a política – e como debatê-la de forma racional e sem achismos. Um ótimo para começar antes da reunião com a família, não é? Melhor não, deixa para lá.

Política é para todos, de Gabriela Priolli
(Companhia das Letras/divulgação)

O som do rugido da onça, de Micheliny Verunschk
Não se trata de qualquer obra, mas a vencedora do Prêmio Jabuti 2022, na categoria de melhor romance. Nela, a autora pernambucana retrata a história de duas indígenas raptadas por exploradores europeus, que desembarcaram em solo brasileiro, em 1817, para registrar suas primeiras impressões sobre o país.

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O som do rugido da onça, de Micheliny Verunschk
(Companhia das Letras/divulgação)

A ilha das árvores perdidas, Elif Shafak
A romancista britânico-turca explora a história de Ada, uma jovem que vive em Londres, que sai em partida com a finalidade de conhecer a sua ancestralidade e a história de seus pais a partir de uma árvore, uma figueira extraída da Ilha de Chipre e plantada no quintal de sua casa.

A ilha das árvores perdidas, Elif Shafak
(HarperCollins/divulgação)

Perder a mãe: Uma jornada pela rota atlântica da escravidão, Saidiya Hartman
A narrativa pode ser intensa, mas essa obra é obrigatória. Hartman retraça os meandros perversos do comércio atlântico de escravos, partindo da trilha de cativos do interior até a costa do Atlântico. A autora participou da Flip deste ano, e falou com a Bravo sobre seus estudos acadêmicos e obras literárias.

Perder a mãe: Uma jornada pela rota atlântica da escravidão, Saidiya Hartman
(Bazar do Tempo/divulgação)

Você não é invisível, Lázaro Ramos
Nesta lista, Lázaro tem a importante responsabilidade de trazer leveza. Na obra lançada em novembro, Lázaro escreve para adolescentes e para os adultos que se doem por não terem escutado as palavras certas na juventude. O ator e escritor narra a dinâmica familiar dos irmãos adolescentes Carlos e Vitória, que vivem confinados durante a pandemia.

Você não é invisível, Lázaro Ramos
(Objetiva/divulgação)

Os anos, Annie Ernaux
Ok, esse título não é de 2022, mas não poderia ficar de fora, já que Ernaux não só foi homenageada na nossa Flip, como também foi vencedora do Prêmio Nobel de 2022. Neste livro, a autora francesa se empenhou em construir uma autobiografia, que não se limita a aspectos pessoais de sua vida, mas que navega por marcos históricos que afetaram a coletividade. Não por acaso, chamou o livro de uma autobiografia impessoal.

Os anos, Annie Ernaux
(Editora Fósforo/divulgação)
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