Promessa das artes plásticas, Samuel de Saboia se aventura na música
O jovem artista lança "Rei de Nada", canção que antecipa seu primeiro álbum de estúdio
O jovem artista Samuel de Saboia, conhecido por sua trajetória nas artes plásticas, decidiu expandir seus horizontes com o lançamento de “Rei de Nada”, sua estreia no universo musical. A canção antecipa seu primeiro álbum de estúdio, com lançamento previsto para abril de 2025. A produção explora temas como solidão, autodescoberta e liberdade.
Samuel, que nasceu em Recife, Pernambuco, em 1997, vem se destacando por sua habilidade de transitar entre diferentes linguagens artísticas, incluindo pintura, escultura, performance e, agora, a música. Como artista plástico, já realizou exposições em cidades como Zurique, Paris, Nova York e São Paulo. Em 2024, tornou-se o artista mais jovem a integrar a coleção do Los Angeles Contemporary Art Museum (LACMA).
“Rei de Nada” foi composta durante um período de transformações pessoais. Samuel escreveu a música no Carnaval de Salvador, enquanto trabalhava em novas exposições. A letra reflete vivências intensas desse período, incluindo o reencontro com um amor de infância, a perda de um amigo próximo e um mergulho profundo em sua espiritualidade. “A pandemia me obrigou a ficar sozinho por muito tempo. Passei três ou quatro meses sozinho dentro de um ateliê, onde a música se tornou meu momento de calma e de marcação do que sou”, explica Samuel.
Produzida por Lucas Cavallin e gravada no Estúdio Trampolim, a música traz arranjos interpretados por amigos de longa data, como Zelo Cristaldo (viola caipira), Tom dos Reis (baixo) e Thomas Harres (bateria). A faixa foi mixada por Ricardo Mosca e masterizada por Felipe Tichauer, destacando uma estética quase acústica que valoriza a potência da letra. Entre suas inspirações musicais estão artistas como Joni Mitchell, Nick Drake, Luiz Melodia, Naná Vasconcelos e Os Tincoãs.
O videoclipe, gravado na Casa Milagres, no Rio de Janeiro, é uma narrativa visual íntima que conecta passado, presente e futuro.
Desde 2022, Samuel também colabora com marcas renomadas como Comme des Garçons, Vogue Britânica e Balmain. Ele comenta que a música, desenvolvida durante uma residência artística em Zurique, tornou-se uma forma de se reconectar consigo mesmo durante o isolamento da pandemia. “Se a pintura permite que as pessoas cheguem até a vírgula de quem sou, a música mostra o que existe depois das reticências”, reflete.
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