Uma análise resumida dos livros obrigatórios da Fuvest

literatura

As obras escolhidas colocam no centro da narrativa a condição da mulher em contextos sociais adversos

Opúsculo Humanitário (1853) Nísia Floresta

Nísia defende a educação feminina como essencial para o progresso de uma nação. A autora traça um panorama histórico da condição da mulher — da Antiguidade ao Brasil do século XIX — e critica, com base em dados oficiais, a formação educacional das moças da época. 

Nebulosas (1872)  Narcisa Amália

Apelidada de “Safo brasileira”, foi celebrada como uma poeta romântica de múltiplas facetas. Nebulosas, seu principal livro, dialoga com as três fases do romantismo brasileiro: da exaltação da natureza à introspecção melancólica, passando pelo engajamento social. 

Romance de estreia de Júlia Lopes de Almeida, Memórias de Martha foi publicado originalmente em 1888, primeiro como folhetim e, em seguida, em formato de livro. Desde esta obra inaugural, já se evidencia o compromisso da autora em construir personagens femininas complexas e em destacar o papel da mulher na sociedade brasileira de sua época. 

Memórias de Martha (1899) Julia Lopes de Almeida

Caminho de pedras (1937) Rachel de Queiroz

Romance mais engajado de Rachel de Queiroz, se passa na Fortaleza dos anos 1930 e narra a história de Noemi, uma mulher casada e mãe, que se envolve com Roberto, militante de esquerda, durante reuniões políticas. Movida pelo desejo de mudança e por uma paixão proibida, ela desafia os padrões morais da época e escolhe seguir seus próprios desejos, mesmo sabendo das consequências sociais. 

O Cristo Cigano (1961)  Sophia de Mello Breyner Andresen

Coletânea de 11 poemas de Sophia de Mello Breyner Andresen, publicada em 1961. A obra narra a jornada de um escultor em busca da representação perfeita de Jesus Cristo morto, inspirada em uma lenda sevilhana compartilhada por João Cabral de Melo Neto.