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“Mulheres por Mulheres”, rebeldia e resistência na Galeria Estação

Exposição coletiva reúne 47 obras de artistas que mudaram a história da arte brasileira como Conceição dos Bugres e Maria Auxiliadora

Por Redação Bravo!
Atualizado em 19 fev 2024, 18h28 - Publicado em 15 fev 2024, 09h00
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"Brincadeira de Roda" (1980), de Mirian Inêz da Silva Cerqueira  (João Liberato/divulgação)
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A Galeria Estação inaugura na próxima quinta-feira, 22, a exposição coletiva “Mulheres por Mulheres”. Idealizada pela colecionadora e galerista Vilma Eid, a mostra tem 47 obras, entre telas e esculturas, de Conceição dos Bugres, Elza de Oliveira Sousa, Izabel Mendes da Cunha, Maria Auxiliadora Silva, Noemisa Batista dos Santos, Madalena dos Santos Reinbold, Mirian Inêz da Silva Cerqueira e Zica Bérgami.

Além dos trabalhos dessas artistas, telas da pintora Yara Dewachter que retratam as homenageadas também irão compor a mostra em um diálogo visual enriquecedor com o legado delas.

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Escultura em madeira e cera de abelha de Conceição dos Bugres (Joao Liberato/divulgação)

O texto curatorial é assinado por um trio de pesquisadoras: Galciani Neves, professora de Artes Visuais na Universidade Federal do Ceará; Lilia Schwartz, historiadora, antropóloga e professora titular da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP); e Lorraine Mendes, artista, pesquisadora e curadora da Pinacoteca do Estado São Paulo.

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Tapeçaria Sem Título, de Madalena Santos Reinbolt (João Liberato/divulgação)
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“Mirian e Elza são duas pintoras iluminadas, que, em plenos anos 1960/70, optam por tirar os nomes das respectivas famílias para se fazer reconhecer profissionalmente pelo designativo próprio por suas originalidades. Justo elas que, tão diferentes, foram enquadradas e hierarquizadas a partir de uma métrica elitista das artes que não dava espaço à pluralidade e à diferença. Hora de recusar esses gestos coloniais que preferem classificar o outro, mas não a si próprios. Pintar o cotidiano, a subjetividade e o mundo dos afetos nunca foi menos, sempre foi um imenso e profundo mais”, afirma a antropóloga Lilia Schwartz no texto “Elza e Mirian: quando usar o nome próprio é ato de rebeldia”.

A mostra fica em cartaz até 16 de março em São Paulo. Não perca! 

Mulheres por Mulheres | Galeria Estação – Rua Ferreira Araújo, 625, Pinheiros – São Paulo/SP | De 22/2 a 16/3, de segunda a sexta, das 11h às 19h; sábados, das 11h às 15h; não abre aos domingos | Entrada Gratuita

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