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5 exposições gratuitas para aproveitar em São Paulo

“Araetá – A Literatura dos Povos Originários”, no Sesc Ipiranga, e "Pequenas Áfricas: o Rio que o samba inventou", no IMS, estão na nossa curadoria

Por Redação Bravo!
Atualizado em 19 fev 2024, 18h30 - Publicado em 13 fev 2024, 10h00
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Edgar Kanaykõ Xakriabá (Cortesia Sesc Ipiranga/divulgação)
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Depois de indicarmos os dias gratuitos para visitar os melhores museus paulistanos e adiantarmos cinco exposições na cidade que devem agitar o mercado das artes a partir do fim do mês, entregamos uma seleção de mostras em cartaz com entrada franca para incluir no seu roteiro cultural.

Dos Brasis – Arte e Pensamento Negro, eleita pela redação da Bravo! como um dos destaques de 2023, fez tanto sucesso que foi prorrogada até março. A história do samba urbano carioca é contada de maneira ímpar na mostra coletiva Pequenas Áfricas: o Rio que o samba inventou, em cartaz no IMS Paulista até abril. Conheça mais detalhes sobre essas e outras exposições abaixo e programe-se!

 

“Araetá – A Literatura dos Povos Originários”, no Sesc Ipiranga
Um expressivo recorte da produção literária de mais de 50 povos originários está em cartaz no Sesc Ipiranga até meados de março. Com curadoria de Ademario Ribeiro Payayá, Kaká Werá Jecupé e Selma Caetano, a mostra presta tributo a Davi Kopenawa e destaca os escritores Ailton Krenak, Daniel Munduruku e Eliane Potiguara. São mais de 334 títulos publicados por 105 diferentes editoras do país. Durante sua visitação, prepare-se para encontrar também ilustrações, fotografias, artesanias e objetos artísticos.

“Araetá – A Literatura dos Povos Originários”, no Sesc Ipiranga

Até 17 de março
Rua Bom Pastor, 822 – Ipiranga
Terça a sexta, das 9h às 21h30; Sábado, das 10h às 21h30; Domingos e Feriados das 10h às 18h30

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Obra: The Land Of Promises, 2023. Instalação de Youqine Lefèvre (Bienal Sesc _Videobrasil/divulgação)

22ª Bienal Sesc_Videobrasil, São Paulo – Até 25/2/2024

Trata-se de um dos maiores e mais antigos festivais de arte contemporânea do país, que tradicionalmente acontece a cada dois anos. A Bienal de Arte Contemporânea no Sesc 24 de Maio exibe mais de 100 obras assinadas por artistas do Sul Global. O festival de arte exibe obras de 60 artistas e coletivos de 38 países, abrangendo, além do vídeo, a pintura, a fotografia e o trabalho têxtil. “Entendemos que essa tecnologia do Sul Global, hoje, ocupa um lugar central no mundo. Finalmente, ela veio para a pauta, possibilitando a reflexão sobre esse reposicionamento geopolítico, onde passamos a ter um protagonismo”, disse Solange Farkas, fundadora e curadora do 22º Videobrasil, em entrevista a Humberto Maruchel, repórter da Bravo!.

Da última vez, o evento precisou ser adiado por quatro anos, dois deles interrompidos pela pandemia. Havia mais um motivo para esse atraso: em 2023 a mostra completa 40 anos. Essa era, portanto, uma oportunidade de contemplar sua história e rever os vários avanços tecnológicos e estéticos que o vídeo passou nessas décadas. A mostra atual traz o tema central logo no título: “A memória é uma ilha de edição”, frase retirada do poema “Carta aberta a John Ashbery”, de Waly Salomão. “Foi um poeta que influenciou muito a bienal. Essa é a razão também de fazer do poema dele o mote dessa edição”, contou a fundadora. Confira a reportagem completa com os artistas para ficar de olho aqui:

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A Preparação das Meninas, 1972, de Maria Auxiliadora (Rodrigo Reis/divulgação)

Dos Brasis – Arte e Pensamento Negro, no Sesc Belenzinho
Trabalhos de 240 artistas negros, entre homens e mulheres cis e trans, de todos os Estados do Brasil, estão reunidos de forma inédita na mais abrangente exposição dedicada exclusivamente à produção de artistas negros já realizada no país. A exposição contempla tanto nomes consagrados como Abdias Nascimento, Arthur Bispo do Rosário, Dalton Paula, Emanoel Araújo, Heitor dos Prazeres, Maria Auxiliadora, Rosana Paulino e Rubem Valentim; quanto artistas da nova geração que estão deixando sua marca na contemporaneidade a exemplo de Yhuri Cruz, Aline Bispo e Castiel Vitorino Brasileiro.

São pinturas, fotografias, esculturas, instalações e videoinstalações, produzidos entre o fim do século XVIII até o século XXI. Inaugurada em agosto, no Sesc Belenzinho, em São Paulo, a partir de 2024, uma parte da exposição circulará em outras unidades da instituição por todo o Brasil pelos próximos 10 anos. A curadoria geral é de Igor Simões, profissional entrevistado pela Bravo! sobre seu trabalho em Inhotim, e dos curadores adjuntos Marcelo Campos e Lorraine Mendes. Caso esteja em São Paulo, visitar a exposição por um ou mais dias é parada obrigatória!

Dos Brasis - arte e pensamento negro

Prorrogada até 31 de março
Terça a sábado, das 10h às 21h. Domingos e Feriados, das 10h às 18h
Rua. Padre Adelino, 1000 – Belenzinho, São Paulo – SP, 03303-000

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Carnaval – Bloco Cacique de Ramos, Rio de Janeiro, 1966
Acervo FMIS/RJ (Erno Schneider) (Augusto Malta/divulgação)
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Pequenas Áfricas: o Rio que o samba inventou, IMS Paulista, São Paulo – Até 21/4/2024

Desde outubro passado, dois andares do IMS foram tomados pela história do samba urbano carioca. A mostra reconstitui a cena cultural que, entre os anos 1910 e 1940, produziu e consolidou o ritmo e seus desdobramentos culturais no terreiro, nos blocos de rua como Cacique de Ramos, nos quintais, nas rodas e nas escolas de samba. A curadoria é assinada pelos historiadores Angélica Ferrarez, Luiz Antonio Simas, Vinícius Natal e Ynaê Lopes dos Santos, que contou, em entrevista à Bravo!, que foi Heitor dos Prazeres quem usou o termo “África em miniatura” para definir a comunidade afrodescendente que resistia em meio a um Rio de Janeiro europeizado produzindo uma das mais decisivas revoluções estéticas do século 20. Por lá, espere encontrar joias nunca antes vistas como fotografias de Heitor dos Prazeres clicado por Walter Firmo. “Não tem como falar sobre a origem do samba sem falar sobre o processo de formação da identidade cultural do Brasil, que é baseado nas culturas negras da diáspora”, defendeu Vinícius Natal em conversa com a repórter e colaboradora Beatriz Magalhães.

Pequenas Áfricas: o Rio que o samba inventou

Em cartaz até 04 de abril de 2024
Instituto Moreira Salles: Avenida Paulista, 2424 – Bela Vista
Terça a domingo das 10h às 20h

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O Legado Experimental. da esquerda para direita: Lygia Pape, Mira Schendel e Anna Maria Maiolino (Sergio Guerrini / Milan/divulgação)

A galeria paulistana Millan abriu oficialmente os trabalhos do ano no fim de janeiro com duas exposições coletivas diferentes. São elas O Legado Experimental e Surge et veni, com curadoria de Antonio Gonçalves Filho. O Legado Experimental estabelece diálogos entre a produção contemporânea e obras de artistas ativas desde a década de 1950. A mostra conta com obras de Elena Damiani, Guga Szabzon e Vivian Caccuri, Anna Maria Maiolino, Flávia Ribeiro, Mira Schendel e Lygia PapeA exposição evidencia as contribuições das veteranas para a transformação do cenário artístico nacional e seus ecos na produção das artistas mais jovens, cujo cerne continua sendo o experimentalismo. 

Surge et veni reúne jovens pintores que têm ganhado destaque no circuito artístico e apresenta diferentes desdobramentos da pintura contemporânea, apresentando obras de Beatrice Arraes, Bruno Neves, Lucas F. Rubly, Rayana Rayo e Thiago Hattnher. Vale lembrar que a sede da Millan, no número 1360 da rua Fradique Coutinho, está passando por uma reforma. Neste período, a galeria atende no número 1430 da mesma rua.

 

O Legado Experimental e Surge et veni

Galeria Millan
R. Fradique Coutinho, 1430, Pinheiros – São Paulo/SP
De 20 de janeiro a 24 de fevereiro
De segunda a sexta, das 10h às 19h, e sábado, das 11h às 15h
Entrada gratuita

 

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